A Rússia, que atualmente preside os Brics, anunciou que 32 países confirmaram presença na cúpula em Kazan, incluindo 23 chefes de Estado. Dos dez membros plenos do bloco, apenas o Brasil e a Arábia Saudita não enviarão seu representante máximo, optando por enviar seus ministros das Relações Exteriores. Este encontro marcará a presença dos novos membros que ingressaram no bloco este ano, expandindo de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, para incluir também Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia como membros plenos.
Além disso, há a expectativa de novos países se tornarem membros associados, com discussões sobre os critérios para essa modalidade. A cúpula dos Brics também abordará a redução da dependência do dólar no comércio entre os países e a busca por alternativas financeiras ao FMI e ao Banco Mundial, controlados majoritariamente por potências ocidentais.
Para especialistas, a presença dos Brics é fundamental para contornar as barreiras impostas pelos Estados Unidos e seus aliados ao avanço comercial e tecnológico da China. Países sob bloqueio econômico, como Irã e Rússia, veem no bloco uma forma de contornar as sanções financeiras. Brasil, por sua vez, busca equilibrar sua posição entre os principais blocos geopolíticos para obter benefícios comerciais e tecnológicos.
O Brics representa aproximadamente 36% do PIB global e 42% da população mundial, superando o G7 em termos de poder econômico e demográfico. Neste contexto, a cúpula dos Brics se torna essencial para discutir temas de grande relevância global e fortalecer a cooperação entre os países membros.