INTERNACIONAL – Ministro brasileiro Mauro Vieira liderará delegação na cúpula dos Brics na Rússia em substituição ao presidente Lula, que sofreu acidente doméstico



O chanceler Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, está prestes a liderar a delegação brasileira na cúpula dos Brics, que acontecerá em Kazan, na Rússia, entre os dias 22 e 24 de outubro. A designação do ministro ocorreu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofrer um acidente doméstico no sábado, dia 19. Os médicos recomendaram que Lula evitasse viagens de longa distância por precaução, então ele continuará suas atividades em Brasília e participará da reunião por videoconferência.

A Rússia, que atualmente preside os Brics, anunciou que 32 países confirmaram presença na cúpula em Kazan, incluindo 23 chefes de Estado. Dos dez membros plenos do bloco, apenas o Brasil e a Arábia Saudita não enviarão seu representante máximo, optando por enviar seus ministros das Relações Exteriores. Este encontro marcará a presença dos novos membros que ingressaram no bloco este ano, expandindo de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, para incluir também Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia como membros plenos.

Além disso, há a expectativa de novos países se tornarem membros associados, com discussões sobre os critérios para essa modalidade. A cúpula dos Brics também abordará a redução da dependência do dólar no comércio entre os países e a busca por alternativas financeiras ao FMI e ao Banco Mundial, controlados majoritariamente por potências ocidentais.

Para especialistas, a presença dos Brics é fundamental para contornar as barreiras impostas pelos Estados Unidos e seus aliados ao avanço comercial e tecnológico da China. Países sob bloqueio econômico, como Irã e Rússia, veem no bloco uma forma de contornar as sanções financeiras. Brasil, por sua vez, busca equilibrar sua posição entre os principais blocos geopolíticos para obter benefícios comerciais e tecnológicos.

O Brics representa aproximadamente 36% do PIB global e 42% da população mundial, superando o G7 em termos de poder econômico e demográfico. Neste contexto, a cúpula dos Brics se torna essencial para discutir temas de grande relevância global e fortalecer a cooperação entre os países membros.

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