Trindade destacou a importância de medidas emergenciais que envolvam não apenas a área da saúde, mas também a colaboração entre países para viabilizar a fabricação e distribuição de insumos em quantidade suficiente para atender nações com menor poder econômico. Além disso, ressaltou a necessidade de fortalecer o setor de saúde e investir em ciência, tecnologia e inovação como forma de se preparar para futuras pandemias.
A ministra também apontou falhas na resposta do governo brasileiro à pandemia de COVID-19, citando a alta taxa de mortes em relação à população do país. Ela afirmou que é preciso fortalecer os sistemas nacionais de saúde, especialmente em países de baixa e média renda, através do desenvolvimento de um complexo industrial de saúde.
Para tanto, Trindade defendeu a criação de uma aliança no âmbito do G20 para incentivar a produção local e regional de vacinas, medicamentos, testes e diagnósticos. Ela ainda enfatizou a importância de uma visão integrada de vigilância de possíveis novas pandemias, fortalecendo os centros de inteligência epidemiológica e incluindo medidas de proteção social.
As propostas apresentadas pela ministra visam não apenas lidar com a pandemia atual, mas também se preparar para eventuais futuras crises de saúde global. Ela destacou a importância de que todas essas ações sejam embasadas em evidências científicas, sugerindo uma abordagem baseada em análises e dados concretos.
Nesse sentido, Trindade defendeu que tais discussões devem ser adotadas no âmbito da Organização Mundial de Saúde (OMS), visando a construção de um consenso global sobre as estratégias de combate a pandemias. Essa abordagem compartilhada e multifacetada, segundo a ministra, é essencial para alcançar um preparo mais eficiente e eficaz diante de futuras ameaças à saúde pública.