INTERNACIONAL – Ministério das Relações Exteriores lamenta veto dos EUA em resolução da ONU sobre conflito em Israel e Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) expressou sua frustração e lamentou o veto do governo dos Estados Unidos (EUA) contra a resolução proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). A proposta, que tinha como objetivo abordar a crise humanitária decorrente do conflito entre Israel e Gaza, não foi aprovada devido ao veto. O Brasil considera urgente que a comunidade internacional estabeleça um cessar-fogo e retome o processo de paz.

O Ministério ressaltou que o Brasil buscou reduzir a polarização em torno do conflito ao acomodar posições e interesses divergentes, apresentando um texto que visava proteger as vidas civis e assegurar o acesso humanitário à população de Gaza. A proposta condenava os atos do Hamas como sendo terroristas, apelava para a libertação imediata de todos os reféns civis e pedia uma pausa no conflito para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

A resolução também exigia o fornecimento contínuo de bens essenciais para a população civil, como artigos médicos, água e alimentos, e solicitava a retirada das áreas em Gaza ao norte de Wadi Gaza. A proposta recebeu 12 votos favoráveis dos membros do Conselho de Segurança, mas foi vetada pelos Estados Unidos, um dos membros permanentes.

Em Brasília, o chanceler Mauro Vieira explicou que o Brasil, na presidência do Conselho de Segurança, foi solicitado pela maioria dos membros do órgão a redigir uma proposta que pudesse acomodar as diferentes visões sobre o conflito. Infelizmente, não foi possível a aprovação devido à divisão de opiniões.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, justificou o veto afirmando que o presidente Joe Biden estava empenhado na diplomacia e que o direito de Israel à autodefesa precisava ser mencionado. Ela ressaltou que Israel tem o direito, como qualquer outro país, de se proteger.

Na segunda-feira (16), a proposta de resolução da Rússia também foi rejeitada pelo Conselho de Segurança. Os russos pediam um cessar-fogo imediato, abertura de corredores humanitários e liberação segura de reféns, mas não condenavam diretamente o Hamas pelos atos de violência contra Israel.

O Conselho de Segurança é composto por cinco membros permanentes – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – e membros rotativos. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário o apoio de nove dos 15 membros, sem nenhum veto dos membros permanentes.

É decepcionante ver a falta de consenso entre os países membros do Conselho de Segurança, especialmente em relação a uma crise humanitária tão grave. A situação em Israel e Gaza exige ação efetiva e urgente por parte da comunidade internacional, a fim de proteger a vida dos civis e buscar soluções pacíficas para o conflito.

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