Segundo o comunicado, “ao proporem medidas que constituem violações do Direito Internacional, declarações dessa gravidade aprofundam tensões e prejudicam as perspectivas de alcançar a paz na região”. O direito internacional proíbe o deslocamento forçado de populações e a aquisição de territórios por meio da guerra.
As declarações que causaram a reação do governo brasileiro partiram dos ministros das Finanças e da Segurança de Israel, que defenderam a emigração dos palestinos de Gaza. Além disso, as autoridades também sugeriram o restabelecimento de assentamentos israelenses na região, o que gerou críticas e preocupação por parte do Brasil, União Europeia, países árabes, ONU e Estados Unidos.
Essa posição também atraiu repúdio do Departamento de Estado norte-americano, que classificou as falas dos ministros israelenses como “inflamatórias e irresponsáveis”. O governo dos EUA reforçou seu apoio à Palestina, afirmando que Gaza é terra palestina e continuará sendo, mesmo sem o controle do Hamas e sem ameaças terroristas a Israel.
De acordo com o Escritório de Direitos Humanos da ONU, os bombardeios em Gaza continuam a ocorrer, resultando no abandono de casas por parte de 1,9 milhão de pessoas. A situação é ainda mais preocupante para as crianças palestinas, que correm risco de morrer por doenças evitáveis, falta de água e alimentos em Gaza, segundo o Unicef.
Desde o início das hostilidades no Oriente Médio em outubro, o conflito já deixou um saldo de 22,6 mil palestinos assassinados, 57,9 mil feridos e 1,1 milhão de crianças correndo risco em Gaza. Já do lado israelense, houve 1,2 mil mortos e 1.020 soldados feridos. A situação é alarmante e exige uma intervenção urgente para garantir a segurança e bem-estar da população da região.