Os primeiros caminhões com ajuda humanitária adentraram Gaza logo após o início do cessar-fogo, conforme relatado por um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Territórios Palestinianos em uma postagem na rede social X.
A destruição causada pelo conflito é evidente, com relatos de civis que perderam suas casas construídas ao longo de duas décadas em questão de minutos. Grande parte da população na Faixa de Gaza foi deslocada durante os intensos 15 meses de bombardeios por parte de Israel, com o objetivo de eliminar os militantes do Hamas que haviam realizado ataques ao país em outubro de 2023.
A primeira trégua no conflito entre Israel e o Hamas teve início em um domingo, três horas após o previsto. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, condicionou o cessar-fogo à entrega de uma lista com os nomes dos reféns a serem libertados pelo grupo extremista. Durante esse período de negociações, que foi marcado por um novo bombardeio israelense resultando em ao menos 17 mortes, os israelenses aguardavam a divulgação da lista.
O Hamas justificou o atraso alegando problemas técnicos, mas libertou três mulheres civis conforme acordado. Agora, sob os termos do acordo, espera-se que Israel liberte 90 prisioneiros palestinos, incluindo crianças e mulheres. O grupo extremista indicou que a próxima libertação de reféns israelenses ocorrerá no sábado seguinte, de acordo com fontes da AFP.
Desde o início do conflito, o número de vítimas em Gaza é alarmante, totalizando quase 47 mil mortos em 15 meses de guerra, conforme os dados do Ministério da Saúde do território palestino. A escalada do conflito teve início em outubro de 2023 quando o Hamas lançou um ataque contra Israel, resultando em mais de 1200 mortes e 251 reféns.
Em Israel, a população se reuniu na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, para comemorar a libertação dos reféns e expressar solidariedade. O exército israelense compartilhou imagens das famílias dos libertados em uma instalação militar, evidenciando momentos emocionantes com a chegada dos reféns de volta ao país.
Líderes mundiais como Olaf Scholz, Emmanuel Macron, Joe Biden e António Costa também se pronunciaram sobre o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, enfatizando a importância da paz e da coexistência pacífica na região. É evidente que a situação é complexa e requer esforços conjuntos para garantir a estabilidade e a segurança para ambas as partes envolvidas.