Durante sua estadia em Nova York, Lula terá um papel ativo na 2ª sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para a Resolução Pacífica da Questão Palestina, um evento convocado pela França e pela Arábia Saudita. O embaixador Marcelo Marotta Viegas, do Itamaraty, destacou que o Brasil acredita que a paz na região só pode ser alcançada se ambas as partes conseguirem negociar em condições de igualdade, incluindo o reconhecimento das capacidades estatais da Palestina. Atualmente, além do Brasil, 147 países já reconhecem a Palestina, um tema que continua a gerar debates intensos no cenário internacional.
O presidente também participará, no dia 24 de setembro, da 2ª edição do evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, reunindo líderes de cerca de 30 nações. Esta iniciativa, liderada por Lula juntamente com os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Espanha, Pedro Sánchez, visa reafirmar compromissos em torno da democracia e do multilateralismo. Viegas ressaltou que em tempos de incerteza e crescentes ameaças aos valores democráticos, a cúpula é crucial para promover a cooperação internacional contra desafios como a desinformação e a desigualdade social.
Outro ponto central na agenda de Lula será a crise climática. Em um evento co-presidido pelo presidente e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, o foco será mobilizar os países membros para ações climáticas concretas, como a apresentação de novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Essas contribuições representam os compromissos de cada país para diminuir a emissão de gases que contribuem para o aquecimento global. Até o momento, apenas 29 países apresentaram suas NDCs.
Além disso, o presidente Lula estará presente em um evento promovido pelo Brasil para aumentar o apoio ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que será lançado durante a COP30 e tem como objetivo financiar a preservação das florestas. Outro compromisso importante inclui uma reunião liderada pelo ex-presidente do Senegal, Macky Sall, para discutir mecanismos de adaptação às mudanças climáticas, enfatizando a necessidade de financiamento adequado para ações voltadas à adaptação, especialmente na África.
A delegação brasileira também participará da Semana do Clima de Nova York, que começa no dia 22 de setembro e contará com cerca de 500 eventos, promovendo diálogos entre líderes governamentais e da sociedade civil sobre soluções para as mudanças climáticas. Desde 2009, a Semana do Clima ocorre paralelamente à Assembleia Geral da ONU, servindo como um evento preparatório para a COP30 e contribuindo para a mobilização global em torno desta urgente questão.