INTERNACIONAL – Lula e Sánchez discutem acordo Mercosul-União Europeia e condenam violência em Gaza durante conversas antes de encontro na Assembleia Geral da ONU.

Na última sexta-feira, 19 de outubro, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Pedro Sánchez, da Espanha, mantiveram uma conversa por telefone com foco na iminente assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. A formalização do acordo está prevista para dezembro, durante a Cúpula do Mercosul, que ocorrerá em Brasília.

Durante a comunicação, os líderes reconheceram a relevância estratégica desse acordo em meio a um cenário marcado por guerras tarifárias e desafios ao sistema multilateral de comércio, que têm se intensificado nos últimos anos. A parceria entre os dois blocos representa uma oportunidade significativa para fortalecer as economias envolvidas e criar um mercado mais dinâmico.

Além da discussão sobre o acordo comercial, Lula e Sánchez também abordaram temas de relevância global. Ambos se encontrarão em Nova York, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde enfatizarão a necessidade de uma solução pacífica para a questão da Palestina. O reconhecimento da necessidade de implementar uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina foi um ponto central do diálogo.

Durante a conversa, os presidentes expressaram preocupação com as graves violações do direito internacional humanitário ocorridas em Gaza, que incluem o deslocamento forçado da população e os planos de ocupação de territórios palestinos. Ambos repudiaram essas ações, reforçando o papel do Brasil e da Espanha na luta por um tratamento humanitário adequado na área.

Em uma outra ligação, realizada no dia anterior, Lula conversou com o Emir do Catar, Xeique Tamim Bin Hamad Al Thani. Durante essa chamada, compartilhada por Lula, foram expressas preocupações sobre um ataque aéreo realizado por Israel em uma área residencial em Doha, no dia 9 de setembro. O presidente brasileiro se mostrou solidário com as consequências dessa ação, que, de acordo com ele, pode ameaçar os esforços do Catar na busca pela libertação de reféns no contexto das hostilidades entre Israel e Hamas.

Lula reiterou sua defesa pela criação de um Estado palestino que atue em paz e segurança ao lado de Israel, uma solução que continua a ser alvo de debates intensos na arena internacional. Por sua vez, o Emir do Catar agradeceu as manifestações do Brasil em repúdio ao ataque, destacando a relevância do apoio internacional neste momento crítico.

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