Os recentes ataques israelenses a Gaza e os conflitos entre as forças israelenses e o partido político Hezbollah, do Líbano, que afligem as populações civis palestinas e libanesas, serão assuntos em pauta na cúpula no Rio de Janeiro. O coordenador do Grupo de Pesquisa em Estudos Estratégicos e Segurança Internacional da Universidade Federal da Paraíba, Augusto Teixeira, enfatiza a importância do G20, reunindo as principais economias impactadas por esses conflitos, para discutir questões como a guerra da Ucrânia, conflitos no Oriente Médio e possíveis ameaças de conflitos futuros.
O Brasil, como sede e presidente rotativo do G20, terá destaque na discussão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já informou que questões como o conflito entre Rússia e Ucrânia não serão debatidas, uma vez que o presidente Vladimir Putin não estará presente e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não foi convidado.
Além dos conflitos, a reforma da governança global também está em pauta. O Brasil propõe ampliar o Conselho de Segurança da ONU para garantir maior representatividade internacional e fortalecer a interação do conselho com a Assembleia Geral da ONU. Apesar do apoio da maioria dos chanceleres do G20 a essa proposta, especialistas destacam que abrir mão de poder por parte das grandes potências será um desafio. A professora Mariana Kalil ressalta a importância de maior representatividade nos fóruns multilaterais, mas acredita que os detalhes dessa reforma podem ser evitados na declaração do G20.
Em meio a tantas questões complexas, o G20 continua sendo um espaço de diálogo e deliberação, mesmo com sua limitada margem de manobra. A cúpula no Rio de Janeiro promete trazer à tona discussões cruciais para a segurança e paz globais, reforçando a importância desses encontros para lidar com os desafios do mundo contemporâneo.