O consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Tal Becker, afirmou que as acusações de genocídio são uma tentativa de difamar Israel e negar o país o direito de se defender do ataque terrorista do Hamas. Segundo Becker, Israel busca proteger o seu povo e cumprir suas obrigações de defesa dos cidadãos, e a suspensão das operações militares em Gaza colocaria em risco a segurança de mais de 110 mil israelenses deslocados internamente.
Becker também argumentou que a ação da África do Sul modificou a natureza do conflito no Oriente Médio e acusou o país de manter relações estreitas com o Hamas. Israel busca destruir o Hamas e proteger a população, e as ações militares visam atingir alvos legítimos, não a população civil.
Na denúncia, a África do Sul acusa Israel de praticar genocídio em Gaza devido às ações militares no enclave palestino. O governo brasileiro manifestou apoio à denúncia contra Israel, e os representantes sul-africanos alegam que o povo palestino segue sendo deslocado de suas terras à força, em um processo de colonização iniciado com a criação do Estado de Israel em 1948.
Ambas as partes expuseram seus argumentos perante a Corte Internacional de Justiça, e aguarda-se a decisão do tribunal sobre a solicitação da África do Sul. A natureza do conflito entre Israel e o Hamas e a proteção da população civil em Gaza foram temas centrais nas apresentações feitas pelos representantes de ambas as nações.