INTERNACIONAL – Israel Intercepta Barco Com Ativistas e Greta Thunberg que Leva Ajuda a Gaza, Afirmando: “Voltem Para Trás”



O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, emitiu uma ordem ao Exército no último domingo para interceptar o barco com ativistas que se dirige à Faixa de Gaza, com a intenção de entregar alimentos e medicamentos. Entre os tripulantes do navio Madeleine, que desafia o bloqueio imposto por Israel, destaca-se a ativista sueca Greta Thunberg, renomada por sua militância em prol do meio ambiente.

Katz expressou sua posição em um comunicado claro: “Eu instruí o Exército a agir para que o Madeleine não chegue a Gaza. Para a antissemita Greta e seus amigos propagadores de propaganda do Hamas, eu digo claramente: é melhor vocês voltarem para trás, porque não chegarão a Gaza.” A imprensa local informou que a estratégia militar envolve a interceptação do navio antes que ele alcance seu destino, visando escoltá-lo ao porto israelense de Ashdod, onde a tripulação enfrentará deportação.

Entre os ativistas a bordo, encontramse o brasileiro Thiago Ávila, conhecido por suas atividades em prol dos direitos humanos, e o ator irlandês Liam Cunningham. Em um vídeo divulgado em redes sociais, Ávila argumentou que estão em águas internacionais e, portanto, Israel não possui jurisdição sobre eles. Ele afirmou: “Ele [Israel Katz] está realmente admitindo que eles estão planejando cometer um crime de guerra,” referindo-se à ação do governo israelense.

Além disso, o ativista destacou que, com base em resoluções da ONU e decisões da Corte Internacional de Justiça, Israel não tem legitimidade para impedir a entrada de ajuda humanitária na região. “Eles são os únicos que estão ilegais, cometendo crimes de guerra, especialmente contra o povo palestino, que já sofre há décadas,” ressaltou Ávila.

O barco, operado pela coalizão Flotilha da Liberdade, partiu da Itália em 6 de junho e transporta uma quantidade simbólica de suprimentos humanitários. Infelizmente, os esforços anteriores de alcançar Gaza foram frustrados quando outra embarcação da mesma coalizão foi atacada por drones.

A situação em Gaza se agrava a cada dia. Desde o início da atual ofensiva militar de Israel, após um ataque do Hamas, as perdas humanas entre os palestinos já superam 54 mil, com uma grande proporção de mulheres e crianças, enquanto várias áreas estão em ruínas. A ONU tem alertado que a maioria da população de Gaza enfrenta a fome em decorrência do bloqueio que limita a entrada de ajuda.

Enquanto o governo israelense defende a manutenção deste bloqueio como necessário para sua segurança, ele tem avançado na construção de novos assentamentos na Cisjordânia, considerados ilegais sob o direito internacional. No cenário político, o Hamas expressou disposição para entregar o controle de Gaza a um governo palestino consensual, caso Israel cesse sua ofensiva.

No cenário internacional, os Estados Unidos vetaram recentemente uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo emergencial em Gaza, desconsiderando o apoio dos outros 14 membros do colegiado. Essa dinâmica revela a complexidade e a urgência da crise humanitária e política na região.

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