INTERNACIONAL – Israel intensifica ataques aéreos a Gaza e prepara ofensiva terrestre, afirma ministro da Defesa.


Israel intensificou nesta terça-feira (10) os ataques aéreos à Faixa de Gaza. O ministro da Defesa israelense informou que prepara uma ofensiva total, inclusive terrestre, à região. “Começamos a ofensiva pelo ar, depois iremos também pelo solo. Estamos controlando a área desde o Dia 2 e estamos na ofensiva. Isso só vai se intensificar”, disse Yoav Gallant.

O Hamas revida os ataques com disparo de foguetes e ameaça executar mais de 150 reféns se Israel continuar a bombardear casas de civis palestinos. Os membros do gabinete político do Hamas, Jawad Abu Shammala e Zakaria Abu Maamar, foram mortos em um ataque aéreo em Khan Younis, de acordo com uma autoridade do Hamas. Foram os primeiros líderes do Hamas mortos desde que Israel começou a atacar o grupo.

Além disso, forças israelenses atiraram morteiros contra a Síria e responderam com mísseis a disparos de foguetes vindos do Líbano. Esses episódios elevam a preocupação para uma escalada da violência, com a entrada de grupos extremistas no confronto, como o Hezbollah, do Líbano.

Estima-se que mais de 1,8 mil mortos morreram desde o início do conflito entre Israel e Hamas, sendo mil em Israel e 830 na Faixa de Gaza, a maioria de civis. Mais de 200 mil palestinos deixaram suas casas e comunidades tentando escapar das consequências da contraofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza.

A comunidade internacional reagiu a esse conflito. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o país vai garantir que Israel possa se defender dos ataques. A Suécia informou que irá suspender a ajuda aos territórios da Palestina, enquanto os Emirados Árabes Unidos anunciaram o envio imediato de US$ 20 milhões para os palestinos. O governo alemão afirmou que pôr fim ao apoio ao povo palestino seria um erro.

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ajuda humanitária urgente à região e apelou à libertação imediata de todos os reféns. A Organização Mundial da Saúde solicitou a criação de um corredor humanitário para levar bens à população que vive na Faixa de Gaza. No entanto, o governo de Israel recusou um pedido para levar alimentos e suprimentos médicos para a região.

O Brasil, ocupando a presidência do Conselho de Segurança da ONU, realizou uma reunião de emergência para tratar do conflito, mas não houve consenso. O Palácio do Itamaraty defende o compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!



Botão Voltar ao topo