Segundo o secretário-geral, a Agenda 2030, que teve o consenso de todos os países do mundo, é o caminho claro para enfrentar as tremendas desigualdades e injustiças existentes no planeta. Ele fez um apelo para que os países tenham espírito de consenso durante as negociações do G20, a fim de transformar a reunião em um sucesso e tomar decisões relevantes para a ordem internacional.
Uma das preocupações levantadas por Guterres foi a capacidade de influência do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem visões políticas semelhantes às do presidente argentino Javier Milei. Este último se opõe ao multilateralismo, aos acordos climáticos e recentemente foi o único a votar contra uma resolução da ONU pelo fim da violência contra mulheres e meninas.
Guterres enfatizou a importância do multilateralismo e das instituições para enfrentar os desafios globais, e destacou a necessidade de um diálogo global como melhor resposta para o governo Trump. Ele também abordou questões como a crise climática, a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU e a situação no Oriente Médio, especialmente em relação aos conflitos entre Israel e Palestina.
Ao final de sua entrevista coletiva, Guterres ressaltou a importância de as maiores economias liderarem pelo exemplo na luta contra a crise climática e expressou confiança de que os Estados Unidos caminharão em direção às ações climáticas, considerando os sinais do mercado em favor de opções mais sustentáveis.
Com suas declarações, António Guterres evidenciou a urgência de um mundo mais justo, baseado em consensos e cooperação entre os países, para enfrentar os desafios globais e promover a paz e o desenvolvimento sustentável.