Os manifestantes têm como principais reivindicações o aumento salarial, a proteção dos direitos dos aposentados, a defesa da indústria nacional, a retomada de obras públicas, a implementação de um plano nacional de emprego e o fim da repressão às manifestações sociais promovidas pelo governo federal. Segundo os trabalhadores, suas liberdades e direitos estão sendo desrespeitados, além de acusarem o governo de favorecer a desigualdade e a injustiça social, sem qualquer possibilidade de diálogo ou acordo por parte de Milei.
A greve geral está sendo organizada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), pela Central de Trabalhadores da Argentina Autônoma (CTA-A) e pela Central de Trabalhadores e Trabalhadoras da Argentina (CTA-T), em conjunto pela terceira vez. Em entrevista coletiva realizada hoje em Buenos Aires, as entidades sindicais deixaram claro o apoio massivo à mobilização como uma forma de protesto contra as políticas do governo de Milei.
Em meio a esses protestos, o presidente argentino compartilhou uma declaração do ministro da Desregulação e Transformação do Estado, Federico Adolfo Sturzenegger, afirmando que a greve é uma tentativa de extorsão e que não afetará os objetivos do governo. Por outro lado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou um novo acordo com as autoridades argentinas para um empréstimo de US$ 20 bilhões, por meio do Mecanismo de Financiamento Ampliado (EFF), a ser aprovado pelo Conselho Executivo do FMI nos próximos dias.
O programa do FMI visa apoiar a agenda nacional de estabilização e reformas da Argentina, buscando consolidar a estabilidade macroeconômica, fortalecer a sustentabilidade externa e impulsionar um crescimento mais robusto e sustentável, em meio a um cenário global desafiador. As negociações e os protestos seguem em meio a um clima de tensão e incerteza no país sul-americano.