Em comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o governo brasileiro expressou forte preocupação com a intensificação das operações militares israelenses nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, localizados no Norte da Cisjordânia. Além disso, o Brasil condenou o recente emprego de tanques e a ocupação militar, considerando tais ações uma violação do direito internacional e do direito internacional humanitário.
No último domingo (23), Israel realizou uma nova operação militar na Cisjordânia, resultando na remoção forçada dos palestinos. O governo brasileiro pediu que a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) continuasse atuando na região e fez menção à decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) da Organização das Nações Unidas (ONU) que considerou ilegal a presença israelense nos territórios palestinos.
Por sua vez, o governo israelense proibiu a atuação da UNRWA nos locais afetados, alegando que a agência oferece suporte ao terrorismo. As autoridades de Tel Aviv também afirmaram que não permitirão o retorno dos palestinos expulsos de suas casas, argumentando que as ações têm como objetivo combater o terrorismo.
Em contrapartida, o Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, que controla parte da Cisjordânia, acusou Israel de buscar a anexação dos territórios palestinos. A representação palestina na região classificou os acontecimentos como uma grave escalada e solicitou a intervenção da comunidade internacional para evitar o genocídio e o deslocamento forçado contra o povo palestino desarmado. A remoção forçada de civis é considerada um crime de acordo com o direito internacional e a aquisição de territórios por meio da guerra é reconhecida como um crime internacional.









