A nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil destacou a ação como uma “flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa”. O texto condenou a brutalidade da ação israelense e enfatizou a gravidade da situação para os profissionais de mídia que, em meio a um ambiente bélico, tentam cumprir seu dever informativo. O governo brasileiro pediu às autoridades de Israel que assegurem a proteção dos jornalistas e que retirem as barreiras que limitam a entrada de repórteres internacionais no território gazense.
Dentre os jornalistas mortos, Anas Al-Sharif, um jovem de apenas 28 anos, teve seu nome colocado em meio a controvérsias. As forças israelenses alegam que ele era militante do Hamas, o que foi categoricamente negado por representantes das Nações Unidas. Segundo as declarações oficiais de Israel, Al-Sharif estaria envolvido em ações terroristas, mas essa narrativa é contestada por diversas fontes, que afirmam que não há evidências concretas para tais acusações.
Nas últimas declarações, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou uma nova campanha militar visando desmantelar as estruturas do Hamas em Gaza. A situação humanitária na região se agrava, com a fome tornando-se um problema crescente, e as ações israelenses têm sido vistas como um aprofundamento do conflito que já dura 22 meses.
A Al Jazeera expressou sua indignação, caracterizando o ataque como uma “tentativa desesperada de silenciar vozes críticas” em uma região marcada pela violência. Além de Al-Sharif, outros jornalistas, como Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, foram identificados entre as vítimas do ataque, que marca mais um capítulo sombrio na história da cobertura jornalística em zonas de conflito.