“Após uma análise criteriosa dos aspectos diplomáticos, de segurança e humanitários, o gabinete de segurança recomendou que o governo aprove a estrutura proposta, a fim de alcançar os objetivos da guerra”, declarou o comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O gabinete de segurança, composto por ministros ligados à área de segurança, decidiu não somente pela aprovação do acordo, mas também orientou as famílias dos reféns a se prepararem para receber os prisioneiros atualmente sob custódia do Hamas em Gaza.
Contudo, confrontando a posição do gabinete de Netanyahu, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Bem-Gvir, pediu publicamente que o conselho de ministros rejeite o acordo, argumentando em suas redes sociais que ainda há espaço para interromper o processo.
O acordo proposto prevê uma fase inicial de seis semanas de trégua, com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel. Além disso, contempla a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região.
Apesar do anúncio do cessar-fogo pelos mediadores do Catar e dos Estados Unidos, Israel prosseguiu com os bombardeios em Gaza, resultando em um número alarmante de mortes. As Forças de Defesa de Israel realizaram ataques a 50 alvos ligados ao Hamas e à Jihad Islâmica em apenas 24 horas.
Desde o início do conflito em outubro de 2023, mais de 46 mil moradores de Gaza perderam suas vidas, a maioria mulheres e crianças. Do lado israelense, pelo menos 1,2 mil pessoas foram vítimas do ataque do Hamas e 220 estão sob custódia como reféns.