INTERNACIONAL – G20 no Rio de Janeiro: declaração final une potências em meio a crise do multilateralismo e tensões geopolíticas international_ajudante



A declaração final do G20, após uma reunião realizada sob a presidência do Brasil no Rio de Janeiro, no dia 18 de novembro, foi considerada uma vitória significativa para a diplomacia brasileira, que conseguiu unir países como Estados Unidos, Rússia, China, Argentina e Alemanha em torno de 85 pontos de consenso. Para especialistas, esse feito é crucial em um cenário global marcado por conflitos e disputas geopolíticas intensas, pois reforça o multilateralismo como instrumento de cooperação entre nações em prol de interesses comuns.

O analista em geopolítica Ronaldo Carmona, do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), ressalta a importância do G20 como um espaço onde potências como G7, Otan, China, Rússia e Índia podem dialogar em meio a uma crescente polarização internacional. Em meio a tensões como a guerra na Ucrânia, a capacidade de alcançar consensos em temas diversos é fundamental para superar a crise do multilateralismo e promover a paz e a estabilidade no mundo.

Dentro desse contexto, a postura da Argentina, que desistiu de vetar a declaração final do G20, demonstra a relevância do diálogo e da cooperação entre os países, mesmo diante de divergências. O Brasil também foi elogiado por colocar temas como combate à pobreza e à fome na pauta do encontro, fortalecendo a mensagem de que o multilateralismo é essencial para lidar com desafios globais, como a emergência climática.

Apesar de a declaração do G20 não ser obrigatória, ela representa uma importante posição política e diplomática do grupo, refletindo avanços como a criação da Aliança contra a Fome e Pobreza e do grupo G20 cidades. Estes resultados concretos mostram a relevância do encontro e constrangem governos que adotam posturas contrárias ao multilateralismo, como o governo de Donald Trump, que pretende novamente abandonar o Acordo de Paris.

Portanto, a declaração final do G20 sob a presidência do Brasil foi um marco para a diplomacia brasileira e um passo importante na busca por soluções coletivas para os desafios globais, reforçando a importância do diálogo e da cooperação entre as nações.

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