INTERNACIONAL – Fórum Social Mundial em Katmandu: Justiça climática, combate ao capitalismo e desigualdades são destaque no primeiro dia de atividades.



O primeiro dia do Fórum Social Mundial (FSM) em Katmandu, capital do Nepal, foi marcado por debates contundentes sobre justiça climática, combate aos impactos do capitalismo e das desigualdades sociais, bem como o conflito na Faixa de Gaza. O evento, que reúne movimentos sociais e ativistas de todo o mundo, espera a participação de entre 30 e 50 mil pessoas de mais de 90 países, promovendo mais de 400 atividades até segunda-feira (19).

Com o lema “Um outro mundo é possível”, o FSM representa um espaço de encontro e compartilhamento de ideias para a sociedade civil, buscando formular propostas e experiências em favor de uma abordagem social e inclusiva do desenvolvimento. Segundo a organização, o mundo atual é marcado pela concentração de riqueza e poder nas mãos de um grupo seleto, agravado pelo impacto adicional da pandemia, que privou ainda mais os indivíduos de sua identidade e dignidade no contexto do capitalismo neoliberal. Diante desse cenário, a humanidade se encontra numa encruzilhada crítica, ameaçada pelo aquecimento global e tensões geopolíticas.

No entanto, surgem movimentos de resistência em todo o mundo, desafiando as forças hegemônicas dominantes e buscando um mundo mais equitativo e sustentável para residir.

A abertura do evento começou com uma marcha pelo centro de Katmandu, cidade com cerca de 5 milhões de habitantes. O país foi escolhido para sediar o FSM devido ao seu processo de democratização e transformações políticas e sociais significativas nas últimas cinco décadas.

Durante os quatro dias do fórum, os participantes irão debater temas como desigualdade econômica, discriminação das minorias, uso da terra, soberania alimentar, segurança, acesso à educação, saúde, habitação, conflitos mundiais, entre outros. Os primeiros três dias serão focados no compartilhamento de informações, networking, intercomunicação e construção de alianças, por meio de painéis temáticos, fóruns, assembleias e atividades auto-organizadas. No último dia, está prevista a formulação de um documento que reunirá as decisões dos participantes.

Criado em 2001, em Porto Alegre, o FSM surgiu como um contraponto à realização do Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que reúne anualmente empresários e governantes dos países mais ricos do mundo. A edição deste ano, realizada no Nepal, sinaliza a importância do país como palco para discussões amplas sobre os desafios globais e a busca por um mundo mais justo e equitativo.

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