INTERNACIONAL – Ex-ministro de Israel acusa governo de limpeza étnica em Gaza para fins de anexação territorial, gerando repercussões políticas.

O ex-ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, fez declarações impactantes ao acusar o governo de Benjamin Netanyahu de promover uma limpeza étnica no norte da Faixa de Gaza. Em entrevista à mídia local, Yaalon afirmou que o governo atual está cometendo crimes de guerra em busca da anexação do território por meio de assentamentos judaicos.

De acordo com Yaalon, o processo de limpeza étnica envolve transferência de populações árabes e estabelecimento de assentamentos judaicos, resultando na eliminação de áreas como Beit Lahiya e Beit Hanoun, com planos de expansão para Jabalia. Suas declarações foram veementemente negadas pelo partido de Netanyahu, o Likud, que acusou Yaalon de espalhar “mentiras caluniosas”.

As Forças de Defesa de Israel também se pronunciaram, rejeitando as acusações de limpeza étnica na Faixa de Gaza e justificando as evacuações temporárias da população como necessidades operacionais para proteção. Yaalon rebateu as críticas nas redes sociais, citando posicionamentos controversos de autoridades israelenses em relação à população de Gaza.

A denúncia de limpeza étnica feita por um ex-ministro da Defesa e general israelense trouxe repercussões significativas, segundo especialistas. A acusação de Yaalon pode intensificar movimentos de oposição a Netanyahu e ter impacto no cenário internacional, particularmente em instâncias jurídicas como a Corte Internacional de Justiça.

Enquanto os palestinos denunciam genocídio e limpeza étnica praticados por Israel em Gaza, organizações internacionais relatam dificuldades em prestar assistência na região. A situação se agrava com acusações movidas na Corte Internacional de Justiça e no Tribunal Penal Internacional contra autoridades israelenses por crime de guerra e contra a humanidade.

Em meio a essas controvérsias, Israel reforça sua posição de combate ao grupo Hamas como forma de segurança nacional, enquanto o Hamas justifica suas ações como resposta à ocupação israelense e ao cerco a Gaza. As acusações e contra-acusações entre as partes envolvidas revelam um cenário complexo e delicado, com desdobramentos significativos na política interna e no cenário internacional.

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