INTERNACIONAL – Estados Unidos vetam resolução pela paz em Gaza, apesar de 13 votos favoráveis e condenação ao Hamas.

Estados Unidos vetam proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza

Nesta terça-feira (20), os Estados Unidos utilizaram seu poder de veto para barrar um projeto de resolução apresentado pela Argélia ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que propunha um imediato cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza. Embora a resolução tenha recebido 13 votos favoráveis, o veto norte-americano foi suficiente para impedir sua aprovação, já que os Estados Unidos são um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com direito a vetar unilateralmente o encaminhamento de projetos.

A proposta argelina, que não condicionava o cessar-fogo à exigência de libertação dos reféns pelo grupo Hamas, gerou divergências entre as nações representadas no Conselho de Segurança. O Reino Unido foi o único país que se absteve de votar, enquanto os Estados Unidos utilizaram seu veto pelo terceiro vez desde o início da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, em resposta aos ataques terroristas realizados pelo Hamas em território israelense em 7 de outubro de 2023.

Os ataques do Hamas resultaram na morte de pelo menos 1,2 mil pessoas, entre militares e civis de diferentes nacionalidades, incluindo brasileiros, e no sequestro de 250 pessoas. Em resposta, a reação militar israelense já causou a morte de cerca de 30 mil palestinos, além de destruir a já precária infraestrutura local, forçando milhões de habitantes da Faixa de Gaza a deixarem suas casas e vagarem sem destino certo pela região.

A justificativa apresentada pela embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, para o veto à proposta de cessar-fogo, foi a de que ela prejudicaria as negociações em andamento e não contribuiria para “trazer sossego” à região. Segundo a embaixadora, os Estados Unidos têm trabalhado em conjunto com o Egito e o Catar para obter um acordo “sustentável” que condiciona um cessar-fogo temporário à libertação dos reféns.

A embaixadora também defendeu uma proposta alternativa norte-americana, que condena o Hamas pelos ataques de 7 de outubro e deixa claro que o grupo não tem lugar na governança futura de Gaza. Ela ressaltou que a diplomacia pode levar mais tempo do que o desejado, mas enfatizou a importância de encontrar uma solução que contribua para uma paz duradoura na região.

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