Para se atingir o limite de aquecimento do planeta em 1,5ºC, seria necessário reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 42% até 2030. No entanto, as emissões globais aumentaram 1,2% de 2021 a 2022, atingindo um novo recorde de 57,4 gigatoneladas de Dióxido de Carbono.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que até o início de outubro de 2023, foram registrados 86 dias com temperaturas 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Setembro foi considerado o mês mais quente já registrado, com temperaturas médias globais 1,8°C acima dos níveis pré-industriais.
A situação tem preocupado especialistas, que apontam a necessidade urgente de uma “maior ação climática”. A próxima Conferência das partes sobre Mudança Climática (COP28), que ocorre em Dubai no final do mês, é vista como uma oportunidade para elevar a ambição das negociações climáticas.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, enfatizou que os governos precisam dobrar seus esforços para combater a dependência de combustíveis fósseis. Ele ressaltou a importância de compromissos confiáveis para aumentar as energias renováveis, eliminar gradualmente os combustíveis fósseis e aumentar a eficiência energética.
O relatório também destaca a importância de uma transição equitativa da produção de combustíveis fósseis, reconhecendo as responsabilidades e capacidades diferenciadas dos países. Além disso, os governos são incentivados a serem mais transparentes em relação aos planos e projeções relacionados à produção de combustíveis fósseis e ao alinhamento com as metas climáticas nacionais e internacionais.
Outro ponto destacado no relatório é a necessidade de financiamento para a adaptação às mudanças climáticas. De acordo com a ONU, as necessidades financeiras de adaptação dos países em desenvolvimento são 50% maiores do que a estimativa anterior. No entanto, os fluxos financeiros diminuíram 15%, chegando a US$ 21 bilhões em 2021.
A preocupação com as altas temperaturas, as emissões de gases de efeito estufa e a necessidade de ações urgentes para combater as mudanças climáticas segue em destaque no cenário internacional, com a comunidade científica e líderes mundiais buscando alternativas e soluções para enfrentar esse desafio global.