Segundo o embaixador, o Hamas ainda não encerrou sua forma de guerra contra Israel, e o país continuará suas ações até que suas metas sejam alcançadas. Ele também ressaltou que o Hamas lança foguetes de áreas residenciais, colocando os palestinos em risco. Zonshine enfatizou que Israel não tem como objetivo atacar civis, mas o Hamas ataca e mata civis.
Com relação à posição do governo brasileiro em relação ao conflito, o diplomata israelense afirmou que espera solidariedade, mas também uma condenação clara ao terrorismo praticado pelo Hamas. Ele espera que o Brasil seja claro em sua posição, considerando seu papel como presidente do Conselho de Segurança da ONU.
Ao ser questionado sobre o impacto do bloqueio e do intenso bombardeio aéreo em Gaza, Zonshine respondeu que essa guerra não foi iniciada por Israel, mas pelo Hamas, e que ambos os lados sofrerão baixas. Ele lamentou que o povo palestino, refém nas mãos do Hamas, esteja pagando um preço pela brutalidade e agressividade desta organização terrorista.
Sobre a possibilidade de consolidação de um Estado palestino economicamente viável, o embaixador afirmou que há soluções que poderiam beneficiar ambos os lados e permitir uma convivência pacífica. No entanto, ele enfatizou que o Hamas não representa o povo palestino e que o grupo terrorista escolheu investir em atacar Israel em vez de melhorar a vida de seu povo.
Quanto às acusações de que Israel pratica um regime de apartheid contra os palestinos, Zonshine afirmou que é necessário diferenciar a Faixa de Gaza da Cisjordânia. Ele ressaltou que Israel deixou completamente a Faixa de Gaza em 2005 e continua fornecendo água e eletricidade para a região, apesar dos constantes ataques do Hamas. Ele argumentou que a responsabilidade pelo sofrimento das pessoas em Gaza recai sobre o Hamas, não sobre Israel.
Por fim, o embaixador expressou sua expectativa de que o conflito leve a uma mudança nas relações entre Israel e a Faixa de Gaza. Ele enfatizou que a era de agressões entre ambos os lados não pode continuar como antes e expressou sua esperança de que, no futuro, seja possível alcançar uma convivência pacífica e melhorar a qualidade de vida das pessoas envolvidas no conflito.
Esta entrevista com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, fornece informações importantes sobre o conflito em curso no Oriente Médio. O diplomata defende a posição de Israel, ressaltando que as ações são necessárias e visam proteger o país dos ataques do Hamas. Ele também enfatiza a importância de diferenciar o Hamas do povo palestino e demonstra esperança de que a guerra leve a uma mudança nas relações entre Israel e a Faixa de Gaza.