O segundo turno ocorre após uma primeira votação em 28 de junho, que teve uma participação historicamente baixa, com mais de 60% dos eleitores optando por se abster. Essa baixa participação foi interpretada por críticos como um voto de desconfiança na República Islâmica. A disputa do segundo turno se dá entre o parlamentar Masoud Pezeshkian, considerado o único moderado entre os quatro candidatos originais, e o ex-negociador nuclear linha-dura Saeed Jalili, conhecido por defender o aprofundamento dos laços com a Rússia e a China.
Embora seja esperado que a eleição tenha pouco impacto nas políticas do Irã, o presidente eleito estará diretamente envolvido na escolha do sucessor do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei. O comparecimento às urnas nas últimas eleições tem diminuído, refletindo um possível descontentamento público em relação às dificuldades econômicas e às restrições às liberdades políticas e sociais.
Apesar do desafio de mobilizar os eleitores, o porta-voz do Ministério do Interior afirmou que há relatos de uma maior participação em comparação com o primeiro turno. O aiatolá Khamenei, que votou nesta sexta-feira, expressou otimismo de que haja um maior interesse das pessoas desta vez. Ainda assim, a baixa participação nas eleições recentes gera dúvidas sobre o nível de apoio ao governo clerical.
O desfecho desse segundo turno eleitoral pode ter repercussões significativas no cenário político do Irã e nas relações do país com o mundo. A expectativa agora é pela contagem dos votos e a divulgação do vencedor, no aguardo de possíveis mudanças que essa eleição possa trazer para o país.
