A Cúpula do G20, que encerra as negociações realizadas pelo país que ocupa a presidência rotativa do grupo – no caso, o Brasil este ano – será realizada nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Mesmo sob a presidência de Joe Biden, é esperado que os acordos firmados durante o evento sejam cumpridos sob a liderança de Trump, o que gera preocupações devido à influência econômica dos Estados Unidos.
Questões como meio ambiente, combate à fome e taxação de grandes fortunas, discutidas no G20, correm o risco de perderem força com a vitória de Trump, devido ao seu perfil isolacionista e histórico de descumprimento de acordos internacionais. Especialistas alertam para a incerteza do compromisso do governo Biden, considerando a possível sucessão de Trump daqui a dois meses.
Apesar das dúvidas em relação ao impacto da eleição de Trump, acredita-se que as discussões e acordos do G20 não serão perdidos. O fórum busca convergências entre as maiores economias do mundo, mas não possui caráter deliberativo ou jurídico internacional. A presidência dos Estados Unidos no G20 em 2026 também levanta questões sobre o compromisso de Trump com a agenda do grupo.
Por sua vez, o Brasil tem como lema para a presidência no G20 as prioridades de inclusão social, combate à fome e pobreza, desenvolvimento sustentável e reforma das instituições globais de governança. A eleição de Trump certamente terá impacto nas discussões futuras do grupo, mas ainda é incerto como o ex-presidente conduzirá sua liderança no G20.
O G20 é composto por 20 países e a União Europeia, representando grande parte do PIB global, do comércio e da população mundial. Desde 2008, os países se alternam na presidência do grupo, sendo esta a primeira vez que o Brasil ocupa o cargo.