De acordo com a secretária de Segurança de Quito, Carolina Andrade, a ausência de um sistema de inteligência efetivo e de uma estrutura reforçada das polícias contribuiu para o cenário de violência que o país enfrenta. Andrade ainda destacou que o Equador era considerado o segundo país mais seguro da América Latina até 2017, mas que a situação mudou após a redução da participação do Estado na segurança pública.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou estado de emergência em resposta aos recentes eventos, colocando as Forças Armadas nas ruas e estabelecendo um toque de recolher noturno nacional. Ele também apresentou projetos para a construção de dois presídios de segurança máxima para abrigar os líderes das gangues.
Andrade defendeu a adoção de ações integradas de segurança que levem em consideração a realidade de cada território do país. Ela ressaltou que é necessário equipar os policiais com armamentos e logística de curto prazo, ao mesmo tempo em que é crucial focar em ações de longo prazo, incluindo assistência social, saúde e educação, para conter a ação dos traficantes.
Apesar das medidas tomadas, Andrade afirmou que as cidades estão retomando gradualmente as atividades e o movimento nas ruas, com o sistema de transporte funcionando normalmente em Quito. No entanto, em cidades como Guayaquil, que foi fortemente afetada pela violência, os moradores ainda estão temerosos.
A situação no Equador é delicada, e a população lida com medo e incerteza quanto ao futuro. Resta aguardar o desdobramento das ações propostas pelo governo de Noboa e esperar que haja uma resolução para a crise de segurança que assola o país.