Ronald Sorriso, secretário nacional de Juventude, destacou a união dos países participantes em torno da ideia de cooperação em áreas que vão além das fronteiras nacionais. “O que mais nos uniu foi a busca por espaços de cooperação, tanto bilaterais quanto no âmbito do grupo, em face da automação crescente e da inteligência artificial”, afirmou Sorriso. Ele enfatizou que, apesar das realidades distintas enfrentadas por cada nação, houve avanços significativos nas discussões sobre como fomentar oportunidades de trabalho para a juventude.
O evento também resultou em um memorando de entendimento, um marco importante para a colaboração entre os países do Brics, embora o documento ainda não tenha sido tornado público. O texto está em processo de tradução e será assinado pelos representantes das nações participantes. A diversidade cultural entre os países, especialmente em questões de gênero, permanece uma preocupação sensível e delicada nas discussões.
Paralelamente, a 7ª Cúpula de Energia Jovem do Brics foi realizada durante a mesma semana, atraindo mais de 100 participantes, incluindo delegações jovens, representantes ministeriais e acadêmicos. Um dos momentos de destaque foi a apresentação prévia do “Brics Youth Energy Outlook”, um relatório elaborado por mais de 50 jovens pesquisadores. Este documento aborda desafios energéticos significativos, como a criação de sistemas com baixa emissão de carbono, o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis e a garantia de acesso à energia e recursos minerais essenciais.
Desde sua formação inicial com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Bloco dos Brics expandiu-se para incluir novos membros permanentes, como Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, e recentemente a Indonésia. Em 2025, o bloco introduzirá a modalidade de membros parceiros, contemplando nove países, entre eles Belarus, Bolívia e Nigéria, para fortalecer ainda mais a cooperação e a inclusão no cenário internacional.