O protesto foi articulado previamente e teve como objetivo deixar clara a postura contrária das nações à situação em Gaza. Assim que Netanyahu começou sua fala, o mestre de cerimônias tentou manter a ordem, chamando atenção para a quase total ausência de representantes na sala. Com um espaço vazio em frente a si, Netanyahu afirmou que os inimigos de Israel são também inimigos do mundo, incluindo os Estados Unidos, enfatizando que eles pretendem arrastar a sociedade moderna ao fanatismo.
Essa situação gerou um momento sem precedentes nas Nações Unidas, ao evidenciar a divisão de opiniões sobre o conflito. O primeiro-ministro apresentou a perspectiva de Israel sobre a ameaça que acredita enfrentar, enquanto a saída das delegações trouxe à tona a crescente insatisfação internacional com a abordagem militar adotada por Israel na região.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, já expressou publicamente sua condenação aos ataques, classificando-os de genocidas durante sua participação na abertura da 80ª Assembleia Geral, realizada três dias antes do protesto. Lula afirmou que, apesar de considerar indefensáveis os atos do Hamas, nada justificaria o genocídio em curso em Gaza, onde, segundo ele, milhares de inocentes, incluindo mulheres e crianças, estão enterrados sob escombros.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, ao ser questionado sobre a manifestação ocorrida durante o discurso de Netanyahu, informou que não fará comentários adicionais sobre o episódio. Essa resposta destaca a complexidade da situação diplomática e o clima tenso que permeia as discussões globais acerca do conflito israelense-palestino, que continua a ser uma das questões mais controversas da agenda internacional.
Enquanto isso, a Assembleia Geral segue como um dos principais fóruns para o debate sobre a paz e a segurança mundial, enfrentando desafios que refletem as realidades geopolíticas contemporâneas.