Especialistas ouvidos pela Agência Brasil apontaram que os temas em discussão provavelmente incluirão a manutenção da democracia nos Estados Unidos, a situação econômica do país e o conflito no Oriente Médio. A questão ambiental pode não entrar na pauta, assim como o Brasil. No entanto, os latino-americanos, especialmente os hispânicos, podem ser mencionados de forma negativa devido às políticas de imigração e combate ao narcotráfico.
É esperado que o debate entre Trump e Biden não seja centrado em políticas de Estado, mas sim em polêmicas e escândalos pessoais. Acusações como as de porte ilegal de arma contra Hunter Biden e a condenação de Trump por suborno e falsificação de documentos devem ser temas explorados ao longo do debate.
Além dos escândalos, Biden enfrenta críticas por sua idade avançada, o que pode ser um fator de preocupação em relação ao seu desempenho e foco durante os 90 minutos do debate. A capacidade dos candidatos de responder rapidamente e de forma inteligente para desconcertar o adversário será um aspecto importante do evento, conforme destaca o jornalista Paulo Sotero.
Já Antonio Jorge Rocha, professor da UnB, aponta que há expectativas em relação à capacidade de Biden de manter uma mensagem clara para a população, enquanto Trump pode ser vulnerável por sua postura e declarações polêmicas. O programa de saúde Obamacare também deve ser um ponto de discussão, com Trump se opondo à lei que foi revitalizada por Biden.
O debate, que ocorre a menos de quatro meses das eleições, será uma oportunidade para os candidatos apresentarem seus principais temas e mobilizarem suas bases de eleitores. A transmissão deve atrair cerca de 70 milhões de espectadores nos Estados Unidos. A expectativa é que o evento ajude a definir a corrida presidencial entre Trump e Biden, mas seu impacto nas intenções de voto ainda é incerto.