INTERNACIONAL – Cúpula Social do Mercosul debate acordo com a União Europeia e representantes classificam acordo como neocolonial.



Cúpula Social do Mercosul debate acordo com União Europeia

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia tem sido alvo de críticas de representantes da sociedade civil durante a Cúpula Social do Mercosul no Rio de Janeiro. Considerado neocolonial e injusto por favorecer os europeus em detrimento dos sul-americanos, o acordo de 2019 foi duramente questionado pelos participantes do evento.

Durante a mesa de debates, Raiara Pires, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), defendeu o encerramento das negociações atuais e a construção de um novo acordo que leve em consideração os saberes populares e acadêmicos. Ela enfatizou a necessidade de um acordo que promova o desenvolvimento equitativo entre as nações.

Adhemar Mineiro, da Rede Brasileira de Integração dos Povos (Rebrip), também defendeu a revisão do acordo atual, afirmando que o mesmo inviabiliza a integração dos povos e cria uma competição prejudicial entre os países sul-americanos. Ele afirmou que o texto precisa ser reescrito do zero, levando em conta bases mais solidárias e sustentáveis.

O secretário executivo adjunto da Secretaria-Geral da Presidência, Flávio Schuch, celebrou a retomada do Mercosul Social e ressaltou a importância de ampliar os debates sobre o acordo com a União Europeia. Ele destacou a necessidade de incluir a sociedade civil nos diálogos, evidenciando a importância de ouvir as aspirações da população.

O embaixador Philip Fox-Drummond Gough, por sua vez, detalhou alguns pontos sensíveis para o governo brasileiro nas negociações com a União Europeia. Ele mencionou a necessidade de usar mecanismos de monitoramento de desmatamento, bem como a exclusão de setores como o de saúde e tecnologias de rede do acordo.

A Cúpula Social do Mercosul colocou em evidência as críticas e preocupações da sociedade civil em relação ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia, trazendo à tona a necessidade de reavaliar e revisar o texto atual em busca de uma integração mais justa e equitativa entre as nações. A participação ativa da sociedade civil nos debates foi destacada como crucial para o processo de decisão em relação ao acordo.

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