INTERNACIONAL – Cresce a tragédia em Gaza: mais de 127 mortos por fome e ataques em 24 horas, incluindo 85 crianças. Situação humanitária se agrava.

Nos últimos dias, a situação humanitária em Gaza se deteriorou de forma alarmante, com a morte de pelo menos cinco pessoas devido à fome e à desnutrição em hospitais da região, conforme informações emitidas pelo Ministério da Saúde da Palestina. Com essa nova atualização, o total de fatalidades associadas à fome chega a 127, entre as quais 85 são crianças, refletindo uma crise que se intensifica a cada hora.

Além dos óbitos relacionados à malnutrição, o fortalecimento da violência em Gaza foi evidenciado por mais 29 mortes registradas em hospitais locais, resultado dos ataques perpetrados pelas forças israelenses. A situação nas unidades de saúde é crítica, com um número crescente de feridos advindos dos conflitos. Somente nas últimas 24 horas, cerca de 512 pessoas feridas foram atendidas em hospitais, alimentando ainda mais a urgência de assistência humanitária.

O governo palestino informou que, embora a ajuda seja vital, as remessas que chegam não incluem alimentos. Neste sábado, seis caminhões do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) devem aportar em Gaza, transportando suprimentos médicos de extrema importância para a continuidade do atendimento a feridos e doentes. No entanto, a ausência de itens alimentares aumenta a pressão sobre uma população já exaurida, que enfrenta dificuldades gravíssimas para sobreviver.

As operações de resgate permanecem dificultadas, uma vez que muitos cidadãos ainda podem estar sob os escombros de prédios atingidos ou nas ruas, impossibilitados de receber o auxílio necessário. Os serviços de ambulância e defesa civil enfrentam obstáculos significativos para agir em meio ao caos.

Diante das recomendações de diversas organizações internacionais, o governo de Israel tem se defendido contra as críticas, alegando que cerca de 4.500 caminhões já teriam entrado na faixa de Gaza, queimando a ideia de que a ajuda humanitária é insuficiente. Para as autoridades israelenses, a retórica internacional poderia prejudicar o potencial de um cessar-fogo, por isso pedem que as críticas não sejam influenciadas pela propaganda de grupos armados como o Hamas.

A Organização das Nações Unidas (ONU), por outro lado, expressou sua profunda preocupação com a situação, com Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), declarando que as pessoas em Gaza estão suspensas entre a vida e a morte, descritas como “cadáveres ambulantes”. Esse retrato sombrio reforça a necessidade urgente de ação humanitária efetiva e imediata na região.

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