Recentemente, foram divulgados os rascunhos do que está sendo chamado de Pacote de Belém, um documento essencial que reflete as diretrizes discutidas durante a conferência. No entanto, essa apresentação não foi suficiente para calar as vozes de descontentamento provenientes da sociedade civil, que criticam a falta de ambição demonstrada por diversos países em relação ao cumprimento das metas climáticas estabelecidas pelo Acordo de Paris. Este acordo tem como objetivo fundamental limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC, uma meta considerada crucial para evitar um colapso ambiental severo.
Um dos pontos que gerou maior frustração foi a omissão de um plano claro para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral. Esses elementos são reconhecidos como os grandes responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa que intensificam o aquecimento global. Esse aspecto tem gerado tensão nas negociações, uma vez que muitos ativistas e representantes de países em desenvolvimento esperavam um compromisso mais robusto neste sentido.
O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez questão de enfatizar a necessidade de um texto que contenha um cronograma para a transição energética. A importância dessa questão foi reiterada repetidamente, visando estabelecer um caminho viável e comprometido para a redução do uso de combustíveis fósseis. A tensão e a expectativa reinantes nos últimos momentos da COP30 refletem não apenas a gravidade da crise climática, mas também a complexidade dos interesses em jogo entre os diversos países participantes.









