Essa é a terceira proposta de resolução rejeitada pelo Conselho de Segurança da ONU. A primeira foi apresentada pela Rússia no dia 16, sem consulta aos outros países. Já a segunda proposta, apresentada pelo Brasil, que preside o conselho neste mês, também foi rejeitada pelo veto dos Estados Unidos, apesar das negociações e sugestões feitas por outros países.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que a proposta apresentada pelos EUA incorporou elementos da resolução brasileira anteriormente rejeitada. No entanto, o texto incluiu um trecho que garante o direito de Israel de responder aos ataques terroristas sofridos, diferentemente da proposta brasileira. Após a rejeição, a embaixadora disse estar desapontada com o resultado e ressaltou que todas as vozes foram ouvidas na elaboração do texto.
Logo em seguida, a Rússia apresentou outra proposta de resolução, que também foi rejeitada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, com direito de veto, e contou com várias abstenções, incluindo o Brasil. Segundo a representante do Reino Unido, Barbara Woodward, a proposta russa não foi aceita por não garantir o direito de Israel de se defender das agressões. Além disso, não houve consulta aos demais membros do conselho.
O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – e membros rotativos, que atualmente são Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário o apoio de nove dos 15 membros, contanto que nenhum dos membros permanentes a vete. Vale destacar que na Assembleia Geral da ONU não existe o mecanismo de veto.