INTERNACIONAL – Conselho de Direitos Humanos da ONU completa 19 anos enquanto EUA e Israel se retiram, gerando repercussões globais.

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) completa 19 anos de existência em meio a controvérsias e críticas vindas dos Estados Unidos e de Israel, que recentemente anunciaram sua saída do órgão. Criado em 2006 para substituir a antiga Comissão de Direitos Humanos, o UNHRC foi desenvolvido com o intuito de fortalecer a promoção e proteção dos direitos humanos ao redor do mundo.

O Conselho é composto por 47 países eleitos pelos 193 membros da ONU, sendo que a cada ano um terço de sua composição é renovado. Além disso, o órgão conta com um Alto Comissário e diversos representantes de países, comitês consultivos, grupos de trabalho e especialistas designados para missões específicas. Desde a sua criação, foram publicadas mais de 1.400 resoluções sobre situações em diversos países, indicando a importância e abrangência do trabalho realizado.

A saída dos Estados Unidos do UNHRC, anunciada pelo presidente Donald Trump, gerou críticas e preocupações sobre o financiamento e a representatividade do conselho. Trump justificou a decisão afirmando que o órgão protegia violadores de direitos humanos, demonstrando uma postura de distanciamento dos compromissos internacionais em favor de interesses nacionais.

A influência geopolítica dos Estados Unidos, como maior economia e potência militar, destacou a importância da permanência do país no conselho, mesmo em discordância com algumas de suas decisões. A decisão de Trump também levanta questionamentos sobre o futuro do multilateralismo e da defesa dos direitos humanos no cenário internacional.

Com a saída dos EUA, outros países são desafiados a assumir um papel de liderança na promoção dos direitos humanos, como os membros da União Europeia e do Sul Global, inclusive o Brasil. Para muitos especialistas, essa é uma oportunidade para países com tradição de respeito ao multilateralismo e à defesa dos direitos humanos ocuparem o espaço deixado pelo vácuo de liderança criado pela saída dos Estados Unidos. Resta saber se esses países terão recursos e visão clara para assumir esse papel de destaque e manter a importância do Conselho de Direitos Humanos da ONU em um cenário geopolítico em constante evolução.

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