INTERNACIONAL – Centenas de manifestantes invadem residência do ministro da Justiça de Israel em protesto contra proposta de reforma judiciária

Centenas de manifestantes tomaram as ruas nesta segunda-feira para protestar contra a proposta da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de restringir os poderes judiciais em Israel. Os manifestantes se reuniram em frente à casa do ministro da Justiça Yariv Levin, um dos principais formuladores do plano de reforma do judiciário.

Com gritos de “Democracia” e agitando bandeiras nacionais, os manifestantes exigiam que a independência do tribunal fosse preservada e que o plano de reforma fosse abandonado. A polícia interveio e houve confrontos entre os manifestantes e forças de segurança, resultando na detenção de seis pessoas.

Na terça-feira, está marcada uma audiência histórica na Suprema Corte, com a participação dos 15 juízes, para discutir um recurso contra a emenda judicial aprovada pela coalizão governista em julho. Críticos da reforma afirmam que ela ameaça a democracia e abre espaço para a corrupção, enquanto apoiadores de Netanyahu alegam que ela visa limitar os poderes do judiciário.

Até o momento, não houve acordo entre Netanyahu e seus oponentes em relação ao plano, aumentando os receios de que a crise se aprofunde. No entanto, uma decisão da Suprema Corte só será tomada em janeiro, o que permite que as partes envolvidas negociem e cheguem a um acordo sobre as mudanças propostas.

Enquanto as discussões continuam, a estabilidade política e econômica de Israel está em jogo. Os protestos contínuos e o impasse político têm causado preocupações, mas espera-se que, com uma solução em janeiro, os mercados se acalmem e a normalidade seja restaurada.

Além disso, o protesto também atingiu o setor militar, com alguns reservistas anunciando que não se apresentariam para o serviço voluntário. Essa situação levou autoridades militares a alertarem para o risco da prontidão de Israel para a guerra ser comprometida caso o descontentamento se espalhe.

Diante desse cenário, parlamentares da oposição e grupos civis têm destacado a importância dos controles e equilíbrios democráticos vitais e argumentam que o processo legislativo da emenda foi falho. O governo, em resposta às petições, alega que a Suprema Corte não tem autoridade para analisar a emenda, considerada uma Lei Básica quase constitucional, e alertou que o debate poderia levar à anarquia.

Apesar das tensões e dos confrontos durante o protesto, espera-se que a situação seja solucionada através do diálogo e da negociação entre as partes envolvidas, garantindo a estabilidade política, judicial e militar de Israel.

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