A análise da WBO aponta que grupos da extrema-direita brasileira estariam por trás dessa estratégia, buscando convencer a opinião pública internacional de que o Brasil vive sob um regime de censura. Além disso, a Comissão Judiciária dos EUA teria sido instrumentalizada para vazar dados sigilosos da justiça brasileira a fim de desacreditar as investigações em curso.
O Programa de Democracia do WBO, representado por Pedro Kelson, ressaltou que a carta do Comitê de Assuntos Judiciários dos EUA busca desmoralizar as investigações sobre os ataques ao Estado Democrático de Direito no Brasil, utilizando informações incompletas e superficiais. A WBO enfatiza que o Brasil é uma democracia pluralista robusta, sem precedentes de censura ou perseguição política.
Por outro lado, a regulação das redes sociais e a liberdade de expressão no Brasil foram temas abordados pelos pesquisadores associados do WBO, Fábio de Sá e Silva e David Nemer. Eles destacaram que a legislação brasileira permite a remoção de conteúdo ilegal e que as plataformas digitais não estão imunes à responsabilização pelo conteúdo veiculado.
A diretora da organização Reset.Tech, Kristina Wilfore, alertou para os interesses corporativos das Big Techs, especialmente da empresa X controlada por Elon Musk, em distorcer os fatos sobre a liberdade de expressão no Brasil. Ela enfatizou a importância de o Brasil defender sua integridade territorial contra as empresas de tecnologia que visam apenas seus próprios interesses lucrativos.
Em meio a esses debates, fica evidente que a carta do Comitê de Assuntos Judiciários dos EUA gerou controvérsias e críticas por parte de especialistas e organizações da sociedade civil preocupadas com a preservação do Estado Democrático de Direito no Brasil.