INTERNACIONAL – Captura de 461 ativistas da Flotilha Global Sumud provoca condenação do governo brasileiro e intensifica tensões entre Israel e defensores dos direitos humanos.

O Movimento Global à Gaza anunciou a captura de todos os integrantes da Flotilha Global Sumud, cujas embarcações foram interceptadas por forças navais israelenses. No total, 461 ativistas foram detidos, com a última abordagem ocorrendo nas primeiras horas do dia. O barco Marinette foi abordado e seus tripulantes foram levados pelas autoridades israelenses às 4h29, no horário de Brasília. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o clima de tensão à medida que a aproximação das forças militares é anunciada por um dos integrantes da tripulação.

Os dados mais recentes apontam que, entre os detidos, 15 são brasileiros. Inicialmente, o número de compatriotas detidos foi divulgado como 17, mas a correção já foi feita. Dentre os brasileiros capturados, destacam-se nomes como a deputada federal Luizianne Lins e a vereadora Mariana Conti, entre outros ativistas que participavam da missão humanitária.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil rapidamente se manifestou, emitindo uma nota oficial que condena a interceptação como ilegal e a detenção arbitrária dos ativistas, reforçando a prisão dos cidadãos brasileiros. A comunicação do Itamaraty também inclui a notificação formal ao governo de Israel, tanto pela Embaixada em Tel Aviv quanto pela Embaixada em Brasília.

Em resposta, as autoridades israelenses afirmaram que já começaram os procedimentos para a deportação dos participantes, negando qualquer cerco à Faixa de Gaza e alegando que as ajuda humanitárias poderiam ter sido enviadas de forma pacífica. O ministério também informou que quatro cidadãos italianos já haviam sido deportados, enquanto os demais encontram-se em processo semelhante.

A defesa jurídica dos detidos está sendo conduzida pelo Centro Jurídico para os Direitos das Minorias Árabes em Israel, a única organização que atua nos tribunais israelenses em defesa dos direitos humanos dos palestinos na região. Tesetemunhos indicam que os prisioneiros estão sendo mantidos na instalação de Kesdiot, localizada no deserto de Negev, e que a legislativa israelense permite detenção por até 72 horas.

Além disso, um grupo de ativistas iniciou uma greve de fome, adotando essa tática como forma de protesto pacífico. A prática é reconhecida como um recurso histórico de desobediência civil. Por fim, uma nova onda de embarcações, sob a denominação Freedom Flotilha Coalition, partiu da Europa em direção à Faixa de Gaza. Entretanto, informações sobre a presença de brasileiros neste novo grupo ainda não foram divulgadas.

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