As caixas-pretas, que são essenciais para a investigação de acidentes aéreos, contêm registros cruciais, como comunicações de voz e dados do voo. O avião, de fabricação brasileira e operado pela Azerbaijan Airlines, partiu de Baku, Azerbaijão, com destino a Grozny, Rússia. O Cenipa destacou que todas as informações extraídas foram repassadas à autoridade de aviação do Cazaquistão, responsável pela análise e investigação do acidente.
De acordo com agências de notícias internacionais, durante o percurso, a aeronave teria desviado da rota original, vindo a cair do lado oposto ao Mar Cáspio. Suspeitas sugerem que o avião possa ter sido atingido por defesas antiaéreas russas, que estariam mirando drones ucranianos.
Os procedimentos realizados no laboratório do Cenipa envolveram a remoção das placas de memória dos gravadores de voo e a verificação dos componentes eletrônicos. Utilizando tecnologia avançada, como microscópios e animações em realidade virtual em três dimensões, os investigadores puderam ter acesso aos sons da cabine, comunicações dos pilotos, além de informações cruciais, como variações de altitude, velocidade e trajetória.
A sala do simulador de voo foi um dos ambientes essenciais para a equipe, pois possibilitou a criação de animações com base nos dados recuperados, contribuindo para entender melhor as condições do voo antes do acidente. Os esforços dos profissionais brasileiros no auxílio à investigação do acidente aéreo no Cazaquistão demonstram a importância da colaboração internacional e do uso de tecnologia de ponta para a elucidação destes eventos.