A resolução exige que as partes envolvidas cumpram suas obrigações no que diz respeito ao direito internacional e do direito internacional humanitário, especialmente em relação a civis e crianças. Além disso, pede a implementação de pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em Gaza para a prestação de ajuda humanitária de emergência. O texto também enfatiza a libertação imediata e incondicional de todos os reféns, rejeita o deslocamento forçado de populações civis e demanda a normalização do fluxo de bens e serviços essenciais para Gaza, priorizando água, eletricidade, combustíveis, alimentos e suprimentos médicos.
No mês anterior, o Conselho de Segurança havia rejeitado a proposta brasileira de pausas humanitárias nos ataques entre Israel e o Hamas, com 12 votos a favor, duas abstenções e um voto contrário dos Estados Unidos. O órgão é responsável por zelar pela paz internacional e é composto por membros permanentes como China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, além de membros rotativos.
O conflito entre Israel e Hamas teve um novo episódio em outubro, quando o Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel, que resultou em centenas de reféns e vítimas. Em resposta, Israel bombardeou infraestruturas do Hamas em Gaza e impôs um cerco total ao território. Os ataques já resultaram em milhares de mortos, feridos e desabrigados em ambos os territórios.
A guerra entre Israel e Hamas tem raízes na disputa por territórios historicamente ocupados por diversos povos e que atualmente são reivindicados por israelenses e palestinos. A crise humanitária na Faixa de Gaza é um reflexo desse longo conflito, e a resolução aprovada pela ONU busca amenizar o sofrimento da população civil afetada pela violência. O Brasil, como membro não permanente do Conselho de Segurança, expressou seu apoio ao texto em defesa dos direitos humanos e da paz na região.