INTERNACIONAL – Brasil manifesta “grave preocupação” com operações militares de Israel no Líbano e inicia repatriação de brasileiros no país



O governo brasileiro expressou sua “grave preocupação” com as operações militares terrestres das Forças Armadas de Israel no território do Líbano. Em um comunicado oficial, o Palácio Itamaraty destacou a violação do direito internacional, da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e das resoluções do Conselho de Segurança da entidade.

Ao reiterar seu compromisso com o respeito à soberania e integridade territorial do Líbano, o Brasil instou Israel a interromper imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a áreas civis densamente povoadas naquele país. O governo brasileiro também fez um apelo às partes envolvidas para que exerçam o máximo de contenção e busquem, com urgência, um cessar-fogo abrangente e permanente.

Os ataques aéreos israelenses em várias regiões do Líbano resultaram, desde o último dia 17, na morte de mais de 1.000 pessoas, incluindo dois adolescentes brasileiros e seus pais, além de milhares de feridos. A situação em Beirute, a capital do país, é descrita como “tensa e terrível” por brasileiros na região, com risco iminente de uma guerra total.

O Itamaraty informou que a Embaixada em Beirute está monitorando a situação dos brasileiros, prestando assistência consular emergencial e incentivando a saída das áreas afetadas. O governo também disponibilizou um número de plantão consular para casos de emergência e anunciou o envio de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar brasileiros retidos no Líbano devido à escalada de violência.

A operação batizada de “Operação Raízes do Cedro” utilizará uma aeronave KC-30, com previsão de repatriar 220 brasileiros de Beirute, com escala em Lisboa. Outros voos de repatriação devem ser realizados nos próximos dias, considerando a comunidade brasileira no Líbano, que totaliza 21 mil expatriados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a ação e expressou solidariedade aos brasileiros no exterior, repudiando as ações do governo israelense no Líbano.

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