O corte do financiamento, e da consequente ajuda humanitária, foi descrito por Lula como “desumanidade e covardia”. Ele afirmou que no momento em que o povo palestino mais precisa de apoio, os países ricos optam por cortar a ajuda humanitária, o que considerou inaceitável. Refugiados palestinos na Jordânia, Síria e Líbano também serão deixados desamparados caso o financiamento para a UNRWA seja interrompido.
Lula destacou a necessidade de investigação das denúncias envolvendo funcionários da agência, mas ressaltou que a ajuda humanitária não pode ser paralisada. Ao longo do seu discurso, o presidente brasileiro expressou sua preocupação com a situação humanitária na região, reforçando a importância de manter o apoio à UNRWA.
Durante a sua participação na sessão, o presidente ressaltou que o contexto do conflito na Palestina vai além do Oriente Médio e pode levar a cenários imprevisíveis e catastróficos. Ele também defendeu a libertação dos reféns israelenses pelo Hamas, um cessar-fogo definitivo na região e o estabelecimento de um Estado palestino independente.
Além disso, Lula sublinhou o compromisso do Brasil em aprofundar a parceria e o comércio com países do Sul Global, compartilhando visões, valores, desafios e expectativas. Ele está em viagem ao Egito e na sequência irá à Etiópia, aprofundando a agenda internacional do Brasil junto aos países africanos. Ao longo do discurso, o presidente também ressaltou o grande potencial de cooperação em setores como comércio, investimento, meio ambiente, ciência e tecnologia, cultura e cooperação para o desenvolvimento entre o Brasil e os países da Liga Árabe.