A Guarda Revolucionária do Irã confirmou que os mísseis foram lançados em direção a Israel no dia anterior, e alertou que qualquer retaliação resultaria em uma resposta ainda mais devastadora por parte de Teerã. Em contrapartida, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que o Irã pagará pelas suas ações militares.
O governo brasileiro reforçou a necessidade de um amplo cessar-fogo em todo o Oriente Médio e fez um apelo à comunidade internacional para que utilize todos os instrumentos diplomáticos disponíveis a fim de conter o aprofundamento do conflito. Além disso, condenou veementemente o ataque terrorista do Hamas em Jafa, que resultou na morte de sete pessoas e deixou outras 16 feridas.
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está em constante monitoramento da situação dos brasileiros em Israel, prestando orientações e assistência consular quando necessário. Em meio a esse cenário tenso, um ataque israelense atingiu o centro de Beirute, capital do Líbano, durante a madrugada de quinta-feira, causando uma explosão que foi relatada por testemunhas e noticiada pela agência Reuters.
As tensões na região aumentaram desde o final de setembro, com Israel realizando bombardeios massivos contra cidades libanesas. Mais de mil pessoas perderam a vida e um milhão tiveram que deixar suas casas em meio a esse conflito, segundo informações das agências da ONU. O governo israelense justifica os ataques como uma medida para destruir a infraestrutura e as lideranças do grupo Hezbollah, que tem realizado ataques em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza.
Nesse contexto delicado, um avião da Força Aérea Brasileira decolou do Rio de Janeiro com destino a Beirute para repatriar cerca de 3 mil brasileiros que desejam deixar o Líbano. A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio encontra-se justamente no Líbano, onde aproximadamente 21 mil compatriotas estão vivendo.
Diante da gravidade dos acontecimentos e da necessidade urgente de diálogo e soluções pacíficas, o Brasil mantém sua posição de condenação à violência e de apoio ao cessar-fogo na região do Oriente Médio. A atuação diplomática e a busca por uma solução negociada são fundamentais para evitar um conflito ainda mais devastador.