A repercussão do ataque do Irã contra Israel levou o Itamaraty a emitir uma nota expressando preocupação com os relatos de envio de drones e mísseis iranianos a Israel. A nota pedia moderação e esforços da comunidade internacional para evitar uma escalada do conflito. Contudo, a postura do governo brasileiro foi criticada por organizações israelenses no Brasil, que apontaram a falta de uma condenação clara dos ataques e solidariedade com as vítimas israelenses.
Mauro Vieira explicou que a nota foi produzida antes que fosse clara a extensão do ataque iraniano, enfatizando que a preocupação principal era evitar que o conflito se expandisse para outros países. Ele ressaltou que o posicionamento do Brasil é sempre em favor da contenção e compreensão mútua entre as partes envolvidas em conflitos internacionais.
O ataque do Irã a Israel foi baseado no direito de autodefesa previsto na Carta das Nações Unidas, em resposta a ataques anteriores contra a embaixada iraniana na Síria. Esse episódio gerou uma série de críticas por parte das potências ocidentais, como os Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, que declararam apoio a Israel.
Para a professora de Relações Internacionais da PUC Minas, Rashmi Singh, é crucial contextualizar o ataque e compreender as motivações por trás da ação do Irã. Ela ressalta que o bombardeio da embaixada iraniana em Damasco foi uma violação das normas internacionais e gerou a retaliação iraniana. A especialista destacou a importância de se analisar o conflito de forma ampla e considerar as nuances das relações internacionais envolvidas.