INTERNACIONAL – Brasil Condena Aprovação de Assentamentos Israelenses na Cisjordânia: “Ilegalidade Flagrante” e Genocídio Contra Palestinos, Afirma Lula

O recente anúncio do governo de Israel sobre a aprovação de 22 novos assentamentos em território palestino gerou forte reação do governo brasileiro, que classificou a medida como uma “flagrante ilegalidade perante o direito internacional”. A declaração foi feita pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil no último domingo, reafirmando a postura crítica do país em relação a ações unilaterais do governo israelense.

Em um evento político em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou sobre a questão, lendo a nota oficial do Itamaraty e destacando sua percepção sobre as tensões entre Israel e Palestina. Ele descreveu a situação atual como um “genocídio” que resulta de uma política de repressão contra o povo palestino. Lula enfatizou que a dinâmica desse conflito não se caracteriza como uma guerra convencional entre exércitos, mas sim como ataques desproporcionais de forças armadas contra civis, referindo-se a mulheres e crianças como os principais alvos dessa violência.

A avaliação brasileira destaca que a decisão de Israel em expandir seus assentamentos contraria claramente uma determinação anterior da Corte Internacional de Justiça, que já havia considerado a presença israelense na Cisjordânia como ilícita. Esse parecer inclui um chamado para a desmobilização imediata dos assentamentos e a retirada de seus moradores.

O Itamaraty também expressou preocupação com as consequências dessas ações unilaterais, que, segundo o governo brasileiro, configuram uma tentativa de anexação de território. A nota ressalta que essas iniciativas comprometem a viabilidade da solução de dois Estados, que é fundamental para pacificar a região. O compromisso do Brasil com a busca por um Estado da Palestina independente e viável, convivendo pacificamente com Israel, foi reiterado, enfatizando a importância de um reconhecimento mútuo e da coexistência em fronteiras que datam de 1967, incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como capital.

A aprovação desses novos assentamentos foi anunciada pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, uma figura da extrema-direita e defensor da soberania israelense sobre a Cisjordânia, o que sem dúvida intensificou o debate sobre a legalidade e a moralidade das ações do governo israelense em relação ao território palestino.

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