INTERNACIONAL – Bolívia rompe relações diplomáticas com Israel e países como Chile, Colômbia e Jordânia avaliam tomadas de decisão.

No último dia 31 de outubro, a Bolívia anunciou o rompimento de suas relações diplomáticas com Israel, em protesto contra a “agressiva e desproporcional ofensiva militar” realizada pelo país na Faixa de Gaza. O governo boliviano expressou seu repúdio à violência que está ameaçando a paz e a segurança internacionais. A ministra boliviana María Nela Prada enfatizou a exigência pelo fim dos ataques em Gaza, que já causaram milhares de mortes de civis e o deslocamento forçado de palestinos. Além disso, o governo boliviano pediu o fim do bloqueio que impede a entrada de alimentos, água e outros elementos essenciais à vida, considerando essa ação como uma clara violação do direito internacional e do direito internacional humanitário.

A decisão da Bolívia foi seguida por Chile, Colômbia e Jordânia, que convocaram seus embaixadores em Tel Aviv para reavaliar as relações com Israel. A Jordânia, país árabe vizinho de Israel e da Palestina, também pediu ao governo israelense que não devolvesse seu embaixador que havia deixado Amã. Em comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, o país expressou sua rejeição e condenação à violenta guerra israelense contra Gaza, destacando o número de vítimas inocentes e alertando para as possibilidades perigosas de expansão desse conflito, que ameaçariam a segurança da região e a paz internacional.

A posição dos governos sul-americanos também foi enfatizada pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que decidiu convocar a embaixadora colombiana em Israel. Petro tem sido um fervoroso opositor da campanha militar de Israel em Gaza, a qual ele caracteriza como um “genocídio”. O governo chileno, por sua vez, emitiu uma nota oficial condenando as operações militares israelenses, afirmando que essas ações não respeitam as normas fundamentais do direito internacional e têm resultado em um alto número de vítimas civis, principalmente mulheres e crianças.

Em resposta às decisões dos países latino-americanos, Israel condenou a posição do governo boliviano e alegou que o rompimento das relações diplomáticas é uma rendição ao terrorismo e ao regime do Aiatolá no Irã. O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, justificou a recusa do fornecimento de vistos a funcionários da organização como uma resposta a declarações do secretário-geral António Guterres sobre Israel e os palestinos.

As decisões dos governos da Bolívia, Chile, Colômbia e Jordânia refletem a crescente preocupação e descontentamento internacional com a violência e o sofrimento causados pelo conflito em Gaza. A chamada mediação internacional tem sido cada vez mais pressionada para buscar uma solução pacífica e um cessar-fogo imediato, a fim de evitar mais perdas de vidas civis e garantir a segurança e a paz na região.

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