INTERNACIONAL – Avião de Prigozhin: Histórico de segurança em questão levanta suspeitas



Na última quarta-feira (23), um trágico acidente envolvendo um avião executivo da Embraer chocou a Rússia. A aeronave, um Legacy 600, supostamente transportava o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, conhecido como um poderoso mercenário. Autoridades russas confirmaram que Prigozhin estava na lista de passageiros e que todas as dez pessoas a bordo morreram.

A Embraer, em comunicado, informou que estava ciente do acidente, porém não tinha mais informações sobre o caso, ressaltando ainda que não fornece serviços de suporte a esse jato desde 2019. A fabricante de aviões também afirmou que cumpre as sanções internacionais impostas à Rússia, o que impede o fornecimento de peças ou suporte para aeronaves operadas no país.

Segundo o Flightradar24, rastreador online de voos, o Embraer Legacy 600, de matrícula RA-02795, saiu do radar às 18h11 horário local. Um vídeo não verificado, publicado nas redes sociais, mostra uma aeronave semelhante caindo do céu. Essa mesma aeronave, fabricada em 2007, já havia sido alvo de sanções por parte do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em 2019, quando foi listada como M-SAAN.

O governo americano divulgou um comunicado informando que funcionários de Prigozhin haviam adquirido o jato em outubro de 2018. O comunicado também revelou que o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) tomou medidas contra Prigozhin por sua tentativa de influenciar as eleições americanas de 2018.

O Legacy 600, modelo fabricado pela Embraer, entrou em serviço em 2002 e teve cerca de 300 unidades fabricadas até o fim da produção no ano passado. O avião registrou apenas um acidente em sua história, ocorrido em 2006, quando colidiu com um Boeing 737-800 da Gol em pleno ar. O avião comercial caiu, resultando na morte de todos os 154 passageiros, enquanto o piloto do Legacy 600 conseguiu pousar a aeronave sem causar mortes ou ferimentos.

O relatório da Força Aérea Brasileira sobre esse acidente atribuiu a culpa aos pilotos, além de citar controladores de tráfego e comunicações defeituosas. Na época, um advogado dos pilotos afirmou que o acidente foi causado por falhas dos controladores de tráfego aéreo e do sistema de controle de tráfego aéreo do Brasil.

É importante ressaltar que a reprodução deste conteúdo está proibida, conforme destacado no final do texto.

*Reportagem adicional de Allison Lampert

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