INTERNACIONAL – Ataques Israelenses em Gaza Deixam 60 Mortos Durante Visita de Trump ao Oriente Médio e Pressões por Cessar-Fogo Aumentam entre Mediadores e EUA.



Na manhã desta quinta-feira, a Faixa de Gaza foi palco de uma escalada violenta, resultando na morte de pelo menos 60 pessoas, de acordo com fontes médicas palestinas. Os ataques aéreos israelenses, que atingiram casas e barracas em Khan Younis, no sul do território, provocaram um luto profundo entre os habitantes da região, onde muitas das vítimas eram mulheres e crianças.

Entre os mortos, destaca-se o jornalista local Hassan Samour, que atuava em uma emissora de rádio associada ao Hamas. Samour e 11 membros de sua família perderam a vida durante um ataque que demoliu a sua residência, evidenciando a devastação que os conflitos trazem não apenas ao campo militar, mas também ao cotidiano da população civil.

Os militares israelenses mantiveram silêncio sobre a morte do jornalista. Contudo, sua ofensiva em Gaza se intensificou como parte de uma ação retaliatória contra o Hamas, que, de acordo com Tel Aviv, teria realizado ataques letais em outubro de 2023. Enquanto isso, os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, articulam esforços para facilitar um acordo de cessar-fogo. Trump está em missão diplomática no Oriente Médio, visitando aliados na Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, onde se concentram as conversas indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas por representantes locais.

Curiosamente, os últimos bombardeios ocorreram na data em que palestinos ao redor do mundo marcaram a Nakba, um evento histórico que remete ao êxodo forçado de centenas de milhares de palestinos durante a guerra de 1948, que resultou na criação do Estado de Israel. Muitos habitantes da Gaza, agora com cerca de 2,3 milhões de pessoas em situação de deslocamento, afirmam que as condições atuais os fazem sentir que o sofrimento é mais agudo do que na época da Nakba.

Um residente da Cidade de Gaza, Ahmed Hamad, expressou seu desespero, comparando a situação presente a uma constante maré de violência e deslocamento. “A morte nos cerca por toda parte”, lamentou Hamad, refletindo o clima de medo e incerteza que prevalece entre os civis na região.

A intensidade dos ataques aumentou desde o início da visita de Trump ao Golfo, uma jornada que muitos palestinos esperavam que resultasse em um apelo por trégua. Na quarta-feira, as autoridades locais relataram que os bombardeios israelenses haviam custado a vida de 80 pessoas, aumentando ainda mais a urgência e a necessidade de diálogo em meio a um dos cenários mais desoladores do atual conflito no Oriente Médio.

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