Segundo informações do Itamaraty, no domingo (13), forças armadas de Israel invadiram a base da Unifil no Líbano, destruindo o portão principal e disparando tiros nas proximidades. Os militares israelenses permaneceram na base da missão de paz da ONU por cerca de 45 minutos, ferindo cinco membros da Unifil. Este foi o terceiro dia consecutivo de ataques israelenses contra integrantes ou instalações da Unifil.
O comunicado do governo brasileiro destacou a importância da missão de paz da ONU, que atua desde 1978 no sul do Líbano, apoiando o governo local na manutenção da paz e segurança na região. Além disso, a nota do MRE criticou a manifestação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pedindo a retirada da Unifil do sul do Líbano e o fim das hostilidades.
Em resposta aos apelos de Netanyahu, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a segurança do pessoal da ONU deve ser garantida e a inviolabilidade das instalações da organização deve ser respeitada. Ataques contra as forças de paz são considerados violações do direito internacional e podem constituir crimes de guerra.
O Brasil, historicamente comprometido com a manutenção da paz e segurança internacionais, reiterou sua condenação aos ataques de Israel contra a Unifil e enfatizou a importância do respeito ao direito internacional e às resoluções da ONU. A situação no Líbano continua delicada, com o governo israelense justificando os bombardeios em massa como uma forma de combater o grupo Hezbollah, o que tem gerado deslocamentos e aumentado a tensão na região.