O ônibus transportava cerca de 40 estudantes em direção a uma escola administrada pelo Exército, e vários alunos sofreram ferimentos em decorrência da explosão. Yasir Iqbal, administrador do distrito de Khuzdar, confirmou as mortes e destacou o impacto do ataque sobre a comunidade local, que já enfrenta desafios substanciais relacionados à segurança.
As Forças Armadas do Paquistão, junto ao primeiro-ministro Shehbaz Sharif, tornaram públicas declarações que condenam a violência e prometem encontrar os responsáveis por este ato “covarde”, etiquetado como um ataque patrocinado pela Índia. “Os planejadores, cúmplices e executores deste ataque serão perseguidos e levados à Justiça”, disse uma declaração das autoridades militares.
Contrapõe-se a essa narrativa a resposta veemente do Ministério das Relações Exteriores da Índia, que refutou as alegações feitas pelo Paquistão. O porta-voz indiano, Randhir Jaiswal, afirmou que o país vizinho tenta desviar a atenção de sua própria crise interna à custa de acusações infundadas direcionadas a Nova Delhi.
Essa situação reflete a alta tensão existente entre os dois países, que, a despeito de um frágil cessar-fogo acordado em 10 de maio, ainda trocam acusações mútuas sobre o apoio à militância em seus territórios. A escalada de hostilidades, acentuada por incidentes recentes, tem preocupado diplomatas, que veem a trégua como um acordo instável. A última troca de mísseis ocorreu após a Índia acusar o Paquistão de estar por trás de um ataque contra turistas na disputada região da Caxemira, uma alegação que Islamabad nega.
No contexto do ataque no Baluchistão, a gravidade da situação evoca lembranças dolorosas de episódios anteriores, como o ataque a uma escola militar em Peshawar em 2014, que resultou na morte de mais de 130 crianças. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pela explosão que devastou uma comunidade já fragilizada pela violência.