INTERNACIONAL – Ataque do Irã a Israel marca uma nova etapa no Oriente Médio e especialistas alertam para escalada nos conflitos na região.



Os recentes ataques do Irã a Israel têm despertado preocupações e levantado questões sobre os rumos do Oriente Médio, de acordo com análises de especialistas no assunto. Michel Gherman, professor da UFRJ, destaca que esse episódio marca uma mudança significativa na região, já que o Irã decidiu atacar diretamente Israel, em vez de usar intermediários, como costumava fazer nas últimas décadas.

Segundo Gherman, o ataque iraniano evidencia um reposicionamento do país na região, preparando-se para um potencial conflito regional. Por outro lado, Rashmi Singh, da PUC Minas, ressalta que a ação do Irã foi uma retaliação ao bombardeio da Embaixada iraniana na Síria por parte de aviões israelenses.

O pesquisador Bruno Huberman, da PUC-SP, destaca que o ataque do Irã respeitou as normas internacionais e que os Estados Unidos parecem mais inclinados a auxiliar na defesa de Israel do que em ofensivas. As possíveis repercussões do conflito vão além dos aspectos militares, incluindo desdobramentos políticos internos em países como a Jordânia, que apoiou Israel na defesa.

A aliança entre Israel e seus parceiros, como Estados Unidos e Grã-Bretanha, é destacada por Gherman como um elemento que pode desequilibrar o conflito. Huberman alerta para a possibilidade de envolvimento da Rússia no conflito, o que poderia gerar consequências desastrosas.

No cenário brasileiro, o Ministério das Relações Exteriores manifestou “grave preocupação” com os ataques do Irã a Israel, pedindo esforços internacionais para conter a tensão na região. Rashmi Singh elogia a posição equilibrada do Brasil, enquanto Gherman acredita que o país poderia se posicionar de forma mais assertiva em prol da paz na região.

Em meio a um contexto de conflitos e tensões crescentes, a busca por soluções pacíficas e o fim do genocídio em Gaza se mostram urgentes. Com mais de 32 mil mortes na região desde outubro de 2023, a necessidade de cessar-fogo e negociações diplomáticas se torna cada vez mais premente para evitar uma escalada ainda maior de violência e instabilidade na região do Oriente Médio.

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