Segundo Gherman, o ataque iraniano evidencia um reposicionamento do país na região, preparando-se para um potencial conflito regional. Por outro lado, Rashmi Singh, da PUC Minas, ressalta que a ação do Irã foi uma retaliação ao bombardeio da Embaixada iraniana na Síria por parte de aviões israelenses.
O pesquisador Bruno Huberman, da PUC-SP, destaca que o ataque do Irã respeitou as normas internacionais e que os Estados Unidos parecem mais inclinados a auxiliar na defesa de Israel do que em ofensivas. As possíveis repercussões do conflito vão além dos aspectos militares, incluindo desdobramentos políticos internos em países como a Jordânia, que apoiou Israel na defesa.
A aliança entre Israel e seus parceiros, como Estados Unidos e Grã-Bretanha, é destacada por Gherman como um elemento que pode desequilibrar o conflito. Huberman alerta para a possibilidade de envolvimento da Rússia no conflito, o que poderia gerar consequências desastrosas.
No cenário brasileiro, o Ministério das Relações Exteriores manifestou “grave preocupação” com os ataques do Irã a Israel, pedindo esforços internacionais para conter a tensão na região. Rashmi Singh elogia a posição equilibrada do Brasil, enquanto Gherman acredita que o país poderia se posicionar de forma mais assertiva em prol da paz na região.
Em meio a um contexto de conflitos e tensões crescentes, a busca por soluções pacíficas e o fim do genocídio em Gaza se mostram urgentes. Com mais de 32 mil mortes na região desde outubro de 2023, a necessidade de cessar-fogo e negociações diplomáticas se torna cada vez mais premente para evitar uma escalada ainda maior de violência e instabilidade na região do Oriente Médio.