A decisão da Argentina de não aderir à Aliança é ainda mais questionável diante do cenário de aumento da pobreza no país, que já ultrapassou a marca de 50% da população nos seis primeiros meses do mandato do presidente Javier Milei. Além disso, o governo argentino também cortou verbas para os comedores populares, o que resultou no fechamento de diversos estabelecimentos que forneciam alimentos para os mais necessitados.
A Aliança foi lançada durante a cúpula do G20 pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, contando com a adesão de 81 países, além de várias instituições financeiras, organizações internacionais e entidades filantrópicas. A expectativa é que a estrutura de governança da Aliança esteja concluída até 2025.
No entanto, a falta de adesão da Argentina levantou questionamentos sobre a postura do governo de Milei nas negociações do G20. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, fez um apelo para que todos os países busquem consensos e combatam a desigualdade, destacando a importância de decisões relevantes para a ordem internacional.
Além da questão da fome, o Brasil também apresentou outras propostas no G20, como a taxação dos super ricos e medidas de combate às mudanças climáticas. A adesão à Aliança Contra a Fome requer a assinatura de uma Declaração de Compromisso, que define medidas a serem adotadas pelos membros para combater a insegurança alimentar.
Diante do cenário global de fome e pobreza, a expectativa é que a adesão à Aliança Global contra a Fome traga benefícios significativos para milhões de pessoas em todo o mundo, alinhando esforços internacionais no combate a esse problema urgente.